Poste sem fio

Por Juliana Tinoco
A criação é de um empresário cearense, desenvolvedor do primeiro poste de iluminação pública que tem como base para funcionamento a energia eólica e solar.
O poste em questão possui células solares para captação da radiação solar, e pequenas hélices a serem movidas pelo vento, aproveitando a energia eólica. Possui ainda uma bateria, para armazenar a energia a ser gerada para acender as luzes ao cair da noite.
Ou seja, durante o dia, o mecanismo fica exposto ao sol e ao vento, trabalhando na captação da energia desses. E durante a noite, quando não há sol, ele utiliza a energia armazenada durante o dia para iluminação da rua. E continua recebendo energia eólica, se houver vento.
A lâmpada do poste é de LED, o que poupa as baterias por seu baixo consumo de energia. Além de eficiência (8 vezes mais que as lâmpadas convencionais) os LEDs apresentam a vantagem ecológica, pois não são compostos por mercúrio (como as lâmpadas fluorescentes), e apresentam vida útil de aproximadamente 50 vezes maior também.
Outra vantagem considerável dessa invenção, é que os postes não apresentam fios de condução elétrica, que contribuem para a poluição visual do cenário da cidade, inclusive se design é bastante criativo.
Cada poste com um gerador desses, é capaz de alimentar mais outros dois postes de LEDs. As baterias dos postes conseguem armazenar energia suficiente para manter o poste aceso por 70 horas. Ou seja, sete noites seguidas, sem vento.
E o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. “Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%”, garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. “Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental”.