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25.5.12

A mandioca que vira copinhos através do Bioplástico

Por: Juliana Tinoco
É pensando nas toneladas de lixo gerado por produtos plásticos que várias empresas têm desenvolvido pesquisas que buscam alternativas para este problema. Segundo as estatísticas mais recentes, 150 milhões de toneladas desses produtos são fabricadas no mundo por ano e 95% delas vão parar em lixões, sem tratamento algum. Uma solução plausível poderia ser a substituição do plástico nesses objetos, por uma matéria prima menos poluidora, e que desempenhasse com eficiência a mesma função.
Os estudos realizados, já apontam o resultado e esse maravilhoso produto já não está mais tão distante da nossa realidade: o bioplástico já vem sendo utilizado em embalagens, componentes de celulares, autopeças, entre outros objetos.
Assim como os plásticos convencionais, os bioplásticos são feitos de polímeros, e as propriedades e características dos dois (vida útil, resistência a choques e variação de temperatura) também se assemelham. A diferença está na matéria-prima: enquanto o convencional provém do petróleo (que é um combustível fóssil, recurso natural esgotável), o “ecológico” é obtido da natureza, em grande parte na agricultura: da cana-de-açúcar, do milho, da mandioca, da batata e outros.
A maior vantagem do bioplástico é amenizar a emissão de gás carbônico na atmosfera. já que com os plásticos verdes é exorbitantemente menos. Alem disso, são 100% recicláveis e 70% deles são biodegradáveis _decompõem sozinhos, em 180 dias, em média.
Dois problemas ainda travam a expansão da indústria de bioplásticos. Um deles, a necessidade de mais pesquisas. mas o índice de projetos e pesquisas ao redor do mundo tem sido cada vez mais alto.
Entre os muitos usos do produto, já estão em fase de teste no mercado uma bola de golfe que se degrada e vira comida de peixe se cair na água, uma goma de mascar que não gruda e num futuro mais distante, um filme invisível que envolve as frutas, impedindo que elas estraguem rapidamente e pode ser ingerido.
Já o outro problema é mais complicado: ainda é muito caro produzir o plástico verde. A maior parte das empresas que atuam no setor está utilizando a cana-de-açúcar _ a Braskem, no Rio Grande do Sul, produz 200.000 toneladas por ano de plástico derivado de polietileno formado a partir de desidratação do etanol. Situada em São Carlos, no estado de São Paulo, a CBPak utiliza matéria-prima mais inusitada: produz atualmente 300.000 bandejas e copos plásticos para embalar alimentos feitos a partir de amido de mandioca. _ uma excelente inciativa para reduzir os danos causados pelas embalagens convencionais.
E mesmo este segundo problema, tende a ser solucionado com o avanço das pesquisas no ramo.

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